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Thursday, November 11, 2010

Próximos...

Estão na minha lista:

- Pequeno tratado das grandes virtudes
- Nárnia
- Amar: verbo intransitivo

Queria começar do menor, já que acabei de sair de um de quase 1000 páginas!! Acho que vou tentar ler o primeiro e o último concomitantemente. Até o fim do ano, ao menos um, eu acabo! =)

OS IRMÃOS KARAMÁZOV - vol. 2 - Fiódor Dostoiévski

"Oh, também somos bons e magníficos, mas só quando nós mesmos nos sentimos bem e magnificamente. Ao contrário, somos até dominados - precisamente dominados - pelos mais nobres ideais, mas só sob a condição de que eles sejam atingidos por acaso, que nos caiam do céu sobre a mesa e, principalmente, que sejam gratuitos, gratuitos, que nada paguemos por eles. Abominamos pagar, mas em compensação gostamos muito de receber, e isso em todos os sentidos." (Irmãos Karamázov, Fiódor Dostoiévski, pg. 904)
Bom, o que dizer sobre esse último volume? Apesar de tantas obrigações que eu tinha a fazer, encontrei tempo para terminar sua leitura. O segundo livro é ainda melhor que o primeiro e eu  não tinha vontade de parar de ler!! Ele continua a história falando sobre a morte do stárietz Zossima e descreve a vida dos três irmãos após esse episódio.

Dostoiévski demora na descrição dos episódios do julgamento, bem como nos discursos dos advogados de defesa e acusação. Também refere-se as reações das pessoas que participavam como ouvintes do julgamento, e a influência que estes criaram na percepção de tais advogados no decorrer do julgamento.

Para quem não quiser saber sobre o final, salte essa parte e vá para os trechos interessantes do livro!

Como leitora, torci para que Dimitri não fosse condenado, que todo o engano fosse desfeito mas, uma vez que não se trata de um romance com 'final feliz', o destino de Dimitri foi selado. Ele é condenado não apenas pelo parricídio, mas também por sua vida prévia desregrada, em que esbanjava dinheiro e fazia o que bem entendia. Ivan foi o único que soube da verdade em sua completude, ao obter o testemunho Smierdiakóv. Porém, a doença já lhe tomava o corpo e, no dia do julgamento, não teve condições psicológicas de relatar o caso a todos. Smierdiakóv, talvez pela pressão de sua confissão a Ivan, se suicida e retira a possibilidade de se clarearem as coisas. 

Durante toda a trama Aliócha se mantém ao lado da família de Iliúcha, jovem que adoece após a agressão de Dimitri a Snieguirióv (pai do menino). No fim, Aliócha discursa para os jovens amigos de Iliúcha - após seu enterro - e destaca a importância deles manterem sentimentos nobres de amizade, amor, generosidade e companheirismo. Além da necessidade de manterem boas lembranças daquele momento, uma vez que se se tornassem maus no futuro, ao menos se lembrariam de um momento em que foram felizes e bons: "Sabei que não há nada mais elevado, nem mais forte, nem mais saudável, nem doravante mais útil para a vida que uma boa lembrança, sobretudo aquela trazida ainda da infância, da casa paterna" (pg. 996). 

Algumas partes interessantes do livro:

"Poder-se-ia pensar: que amor é esse que precisa ser tão vigiado, e de que vale um amor que precisa ser tão intensamente vigiado? Pois é isso que nunca irá compreender o verdadeiro ciumento; não obstante, palavra, entre eles aparecem pessoas até de coração elevado" (descrevendo o ciúme que Dimitri nutria por Grúchenka - pg. 508).

"Ah, não, há pessoas de sentimentos profundos, mas que são um tanto ressentidas. Entre elas, a bufonaria é uma espécie de ironia maldosa contra aqueles em cuja cara elas não se atrevem a dizer a verdade em virtude da longa e humilhante timidez experimentada diante delas" (Aliócha conversando com o jovem Krassótkin, pg. 698).

" (Aliócha): Há momentos em que as pessoas gostam do crime. (Liza):  Disseste o que eu penso; gostam, todos gostam e gostam sempre, não por 'momentos'. Sabes, nisso é como se um dia todo mundo tivesse combinado mentir e desde então todos mentisse. Todos dizem que odeiam as coisas más, mas lá no íntimo gostam" (Conversa entre Liza e Aliócha, pg. 756). 

"... Sem ti não haveria quaisquer acontecimentos, e é preciso que haja acontecimentos. E então trabalho a contra-gosto para que haja acontecimentos e crio o insensato cumprindo ordem. os homens, a despeito de toda a sua indiscutível inteligência, tomam toda essa comédia por alguma coisa séria. Nisto reside sua tragédia. E então sofrem, é claro, mas... em compensação, vivem apesar de tudo, vivem na realidade, não na fantasia: porque o sofrimento é que é vida. Sem sofrimento, que prazer poderia haver em viver? - tudo se transformaria num infinito." (O diabo em conversa com Ivan, pg. 831)

"Ora, somos gente muito habituada a tudo isso! Nosso horror está justamente no fato de que esses casos sombrios quase já não nos horrorizam mais! Porquanto o que deve nos horrorizar é o nosso hábito e não um delito isolado desse ou daquele indivíduo. Onde estão as causas de nossa indiferença, de nossa atitude quase morna diante de semelhantes casos, de semelhantes bandeiras da época, que nos profetizam um futuro nada invejável? Estariam no nosso cinismo, na exaustão precoce da inteligência e da imaginação de nossa sociedade ainda tão jovem mas tão precocemente caduca? Estariam em nosso princípios morais abalados até os fundamentos ou, enfim, talvez no fato de até carecermos totalmente desses princípios morais? Eu não tenho a solução para esses problemas, e todavia eles são angustiantes, e todo e qualquer cidadão não só deve, como é obrigado a sofrer por eles." (discurso do promotor, pg. 897) 

De acordo com Bezerra (texto encontra-se no fim do livro) "...em 1880 'Os Irmãos Karamázov', romance-panorama que engloba vastos aspectos históricos, sociais, ideológicos, psicológicos, religiosos, jurídicos, etc., que, transfigurados no amplo espectro de caracteres e atitudes das muitas personagens que o povoam, personificam a vida da Rússia da segunda metade do sec. XIX. O romance é a síntese de toda a obra de Dostoiévski, que começa em 1846 com a publicação de 'Gente Pobre' e 'O Duplo', cujos temas e formas de representação vão se ampliando a cada novo livro..."

Sobre este volume: Os Irmãos Karamázov, Fiódor Dostoiévski, Editora 34, volume 2. 

Wednesday, November 3, 2010

ÉTICA PARA MEU FILHO - Fernando Savater

"... diante do melhor e do pior dos seres humanos cabem diferentes apreciações ou avaliações, mas não a indiferença, pois a humanidade do outro sempre compromete a minha..." (Ética para meu filho, Fernando Savater, pg. 139).

Li o livro por indicação. A expectativa era a de que eu pudesse ter uma visão um tanto diferente das coisas e das pessoas que me cercam e, principalmente, das atitudes e escolhas que tenho e faço para comigo mesma e para com os outros. Como o próprio autor diz "este livro não é um manual de ética para adolescentes, nem um compêndio com os trabalhos dos mais destacados autores ou os mais importantes movimentos da teoria moral ao longo da história; tampouco traz respostas moralizantes para os problemas cotidianos". 

"A palavra ética se origina do termo grego ethos, que significa 'modo de ser', 'caráter', 'costume', 'comportamento'. De fato, a ética é o estudo desses aspectos do ser humano: por um lado, procurando descobrir o que está por trás do nosso modo de ser e de agir; por outro, procurando estabelecer as maneiras mais convenientes de sermos e agirmos. Assim, pode-se dizer que a ética trata do que é 'bom' e do que é 'mau' para nós." (Fonte: http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u14.jhtm; acesso em 03/11/2010)

Me foi apresentada uma nova forma de ver a vida. A ética é tida como uma maneira de se entender e buscar uma 'boa vida' dentro dos moldes 'humanos', que é o que queremos para nós mesmos. A idéia é que a ética irá delinear nossas ações, tendo sempre em consideração a liberdade e aquilo que desejamos. Como não é um livro que conta uma história, deixo abaixo algumas frases, trechos que achei interessante durante a leitura:

"Por mais que nos vejamos acuados pelas circunstâncias, nunca temos apenas um caminho a seguir, mas vários." (pg. 24)

"Às vezes os homens querem coisas contraditórias, que entram em conflito umas com as outras. É importante ser capaz de estabelecer prioridades e de impor uma certa hierarquia entre aquilo que tenho vontade imediatamente e o que quero no fundo, a longo prazo." (pg. 54)

"Só deveríamos chamar de egoísta consequente aquele que sabe de verdade o que lhe convém para viver bem e se esforça para conseguí-lo." (pg. 76)

"Responsabilidade é saber que cada um de meus atos vai me construindo, vai me definindo, vai me inventando. Ao escolher o que quero fazer vou me transformando pouco a pouco." (pg. 83)

"... o que interessa à ética, o que constitui sua especialidade, é como viver bem a vida humana, a vida que transcorre entre humanos." (pg. 86)

"Por que o prazer assusta? Suponho que seja por nos agradar demais.(...) O prazer as vezes nos distrai mais do que convém, o que pode acabar sendo fatal." (pg. 104)

Tuesday, August 31, 2010

AMNÉSIA (EUA, 2001, 120 min)

O nome real do filme é: Memento. Quem não viu o filme, não leia!!! Deixe pra ler depois! Se não perde a graça! =)

Assistimos a esse filme no fim de semana e fiquei intrigada, querendo saber se o que eu entendi era realmente o que se passou. Busquei a sinopse no site Adoro Cinema e encontrei o seguinte:
"Um ladrão ataca um casal, terminando por matar a mulher e deixando o homem à beira da morte. Porém, ele sobrevive e a partir de então passa a sofrer de uma doença que o impede de gravar na memória fatos recentes, o que faz com que ele esqueça por completo o que acontece poucos instantes antes. A partir de então ele parte em uma jornada pessoal a fim de descobrir o assassino de sua mulher para poder vingá-la". (Acesso em 31/08/2010)

Mas isso era o óbvio e eu não sei se o filme se atinha só a isso... Bom, resolvi buscar mais um pouco pra tentar corroborar a minha idéia inicial de que, na verdade, não existia nenhuma pessoa além do próprio protagonista que sofria do problema de memória - já que ele relata ao longo de todo o filme a história de Sammy, que também teria tido o mesmo problema. Ou seja, a idéia apresentada por Teddy (policial que o "ajuda") em uma das cenas do filme, em que se encontra com Leonard (protagonista) e afirma que na verdade ele mesmo é o Sammy, e que sua própria mulher era quem sofria de diabetes. E que, além disso, ele o auxiliava na busca pelo "assassino" fornecendo novas pistas. O ponto crítico é que Leonard já havia matado o verdadeiro assassino, e que Teddy o entregava outros "novos assassinos" para saciar sua sede de vingança. Como ele não se lembrava dos fatos passados, dava-se continuidade a esse ciclo de assassinatos.

Achei um blog que fala o que eu pensei! 
"Teddy explica que era o policial responsável no caso do estupro da esposa de Leonard e que o ajudou a encontrar e matar os culpados na esperança que ele se lembrasse de tudo. Mas não aconteceu. Ele não se lembrou. Muito pior, como a última lembrança que tinha era a da mulher "morta" e não da mulher vingada, ele acabou se desesperando com o fato de que ter sempre que recapitular a mesma (e única) história que tinha anotado em todos os seus arquivos. 
É nessa hora que surge a grande revelação do filme. Até agora todos pensávamos que o grande vilão do filme era Teddy ("não acredite em suas mentiras"), mas não. Impelido por seu desespero reduntante e contínuo, Lenny, em alguma de suas perdas de memória, simplesmente resolveu se dar uma nova vida e, como o próprio filme diz, se iludiu, arrancando 12 páginas do arquivo, não tatuando a vingança e misturando a sua história com a de Sammy Jankins para criar um enigma insoluvel e que desse razão à sua vida." 

Desse outro site, tirei um trecho fala um pouco sobre o filme em geral, do seu aspecto atemporal:
"Contra toda obviedade, Amnésia desmonta os elos do raciocínio linear e impede que se estabeleçam vínculos fáceis entre a contigüidade temporal e a explicação causal. Na marcha ré do tempo, o filme é uma dramática perseguição às causas das ações do seu protagonista.  No limite, trata-se de uma tentativa desesperada para oferecer sentido às ações de um homem que mesmo sem conseguir entender o significado dos seus próprios atos, quer obstinadamente alcançar uma meta futura. Entre a memória de um passado perdido e a perseguição de um destino que, sendo realizado ou não, será inexoravelmente esquecido, o protagonista está preso em um tempo eternamente atual.  Sua consciência não registra a experiência da mobilidade temporal e, portanto, o presente se lhe parece inalterado. Não que tivesse desaprendido o significado das palavras antes/passado, durante/presente, depois/futuro. Leonard não perdeu o entendimento ou a razão; e algumas de suas faculdades intelectuais permaneciam intactas. O que ele não possuía mais era a capacidade de reunir os fragmentos das suas ações emprestando-lhes algum sentido. Sabia quem era e aonde queria chegar, mas não entendia se o que acabara de fazer era compatível com sua identidade e intenção. Refém do esquecimento, Leonard perdeu a natural habilidade de compreender e explicar o fluxo do tempo." (Fonte: http://www.espacoacademico.com.br/022/22ccortes.htm. Acesso em: 31/08/2010)

Dados do filme:
Direção: Christopher Nolan
Elenco:
Guy Pearce (Leonard Shelby)
Carrie-Anne Moss (Natalie)
Joe Pantoliano (Teddy)
Mark Boone Junior (Burt)

Stephen Tobolowsky (Sammy)
Harriet Sansom Harris (Sra. Jankis)
Callum Keith Rennie (Dodd)

Larry Holden (Jimmy Grantz)
Jorja Fox (Catherine Shelby)

Monday, August 30, 2010

OS IRMÃOS KARAMÁZOV - vol.1 - Fiódor Dostoiévski

"E o principal: fuja da mentira, de toda e qualquer mentira, particularmente de mentir para si mesma. Vigie sua mentira, examine-a a toda hora, a cada minuto. Fuja também à repulsa, tanto aos outros quanto a si mesma: aquilo que a senhora, em seu próprio íntimo, acha ruim, já se purifica pelo simples fato de o haver notado dentro de si mesma. Fuja igualmente do medo, embora o medo seja apenas a conseqüência de todo erro. Nunca tema sua própria falta de coragem na tentativa de conquistar o amor, nem mesmo tema muito os próprios maus atos que aí tenha cometido..." (Irmãos Karamázov, Fiódor Dostoiévski, vol.1, pg. 93)
É um livro singular. Me apaixonei por Dostoiévski desde que li sua obra "Crime e Castigo" há alguns anos atrás. Desde então fiquei a procura de mais uma de suas obras até que, este ano, ganhei de presente "Irmãos Karamázov" em dois volumes lindos!! Este post será dedicado ao primeiro volume, que acabei de ler. O próximo post virá para dar uma visão geral da obra. 

A história como um todo é dividida em duas grandes partes, que foram subdivididas em dois livros. A primeira parte explica a história da família de Fiódor Pávlovitch Karamázov (o pai), composta por três filhos totalmente diferentes entre si. O pai se casou duas vezes. Do primeiro casamento nasceu Dmitri (Mítia), e do segundo nasceram Ivan e Alieksiêi. A esposa do primeiro casamento se sentia infeliz e fugiu para Petersburgo. A segunda esposa morreu de doença. Nessa, o pai se descuida dos filhos, que são criados por outras pessoas, em diferentes locais e condições. 

Fiódor gosta de estar com muitas mulheres e de se embebedar. Quando os filhos já estão adultos, eles voltam para "re-conhecer" o pai e passam por diversos momentos de interação e brigas. Aliócha (apelido de Alieksiêi) entra para o mosteiro e tenta levar sua vida de maneira diferente a de seus familiares. Tem grande envolvimento com o stárietz do mosteiro, com quem mantém uma forte relação de amizade e submissão. 
O autor descreve detalhadamente os pensamentos e as características de cada um dos atores envolvidos na trama. Gasta várias páginas descrevendo o raciocínio dos personagens, seus pontos de vista e ações. Estabelece um debate entre as consciências desses personagens. 

Eu gostei muito do que li até agora, apesar de algumas das vezes me parecer muito longo algum discurso e acabar me perdendo em seu raciocínio. É um livro relativamente fácil. Para quem gosta de refletir um pouco sobre a natureza humana, recomendo. 

"O escritor discute nessa obra todos os assuntos que dizem respeito à natureza humana, sobretudo o amor, a crueldade e a esperança. Há personagens tipos, há personagens humanos, demasiadamente humanos. Talvez seja isso que nos fascine em Dostoiévski: seus personagens são capazes de cometer todas as loucuras a que nós, seres humanos, estamos sujeitos." (Fonte: http://portalliteral.terra.com.br/artigos/os-irmaos-karamazov. Acesso em: 30/08/2010)

Sobre o autor:

"É tido como o fundador doexistencialismo, mais frequentemente por Notas do Subterrâneo, descrito por Walter Kaufmann como a 'melhor proposta para existencialismo já escrita.'
Seus romances ocorrem em um período curto (por vezes apenas alguns dias), o que permite ao autor fugir de uma das características dominantes da prosa realista: a degradação física que ocorre ao longo do tempo. Seus personagens encarnam valores espirituais que são, por definição, atemporais. Outros temas recorrentes em sua obra sãosuicídioorgulho ferido, a destruição dos valores familiares, o renascimento espiritual através do sofrimento, a rejeição do Ocidente e da afirmação da ortodoxia russa e oczarismo."
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fiódor_Dostoiévski. Acesso em: 30/08/2010)

Algumas passagens que achei interessante do livro vol. 1:

"Na imundície é que é mais doce: todos falam mal dela, mas nela todos vivem, só que às escondidas, enquanto que eu sou transparente" (pg. 246)

"Porque a preocupação dessas criaturas deploráveis não consiste apenas em encontrar aquilo a que eu ou outra pessoa deve sujeitar-se, mas em encontrar algo em que todos acreditem e a que se sujeitem, e que sejam forçosamente todos juntos. Pois essa necessidade da convergência na sujeitção é que constitui o tormento principal de cada homem individualmente e de toda a humanidade desde o início dos tempos. Por se sujeitarem todos juntos eles se exterminaram uns aos outros a golpes de espada" (pg. 352)

"Pois que em nosso século todos se dividiram em unidades, cada um se isola em sua toca, cada um se afasta do outro, esconde-se, esconde o que possui e termina ele mesmo por afastar-se das pessoas e afastá-las de si mesmo. Acumula riqueza isoladamente e pensaÇ como hoje sou forte e como sou abastado! mas o louco nem sabe que quanto mais acumula mais mergulha em sua loucura suicida. Porque se acostumou a esperar unicamente de si e separou-se do todo como unidade, acostumou sua alma a não acreditar na ajuda dos homens, nos homens e na humanidade, e não faz senão tremer diante do fato de que desaparecerão seu dinheiro e os direitos que adquiriu." (pag. 415).

Wednesday, July 14, 2010

DEL AMOR Y OTROS DEMONIOS - Gabriel García Márquez


"Apenas se atrevió a preguntar: Y ahora? Ahora nada, dijo él. Me basta con que lo sepas"
(Del Amor y Otros Demonios - Gabriel García Márquez, pg. 146)

En el libro, el autor intenta explicar una leyenda relatada por su abuela cuando era niño y sin muchos detalles. En una visita a trabajo en un antiguo convento que fue vendido para la construción de un hotel, él encontró el cadáver de una niña que coincidía con la descripción de la chica de la leyenda. Ahí inicia su historia.

En general, se trata de la historia de una niña que é dejada por los padres a los cuidados de los esclavos de la casa donde viven. Como siempre ha convivido con las constumbres de ellos, la chica deja de conocer y respectar los habitos de "los blancos", además de aprender a la lengua de los africanos. Así que cuando es mordida por un perro rabioso, piensan que la chica va a morrir. El padre - un marqués - cuando supo del orcurrido, se mostró muy sensible y buscó un médico. Este lo dijo que la niña no presentava los señales de la enfermedad pero que podían manifestarse a cualquier momento.

Después, todavia con miedo de la muerte de la chica, el padre fue a visitar el obispo de la ciudad, que le dijo que satanas puede esconderse en las personas como se fuera una enfermedad. Y entonces lo dijo para llevar la niña a un convento donde se podrían exorcisarla. Y ahí empieza el amor de Delaura por la niña: aquél que debría exorcisarla.

"Del amor y otros demonios es una novela que te lleva a comprender la situación que se vive cuando una serie de factores no te permiten desarrollarte de acuerdo a la vida que has aprendido, cuando las creencias de otros perturban las tuyas. Nos cuenta como los prejuicios de una sociedad pueden marcar la vida de alguien sólo por ser diferente. Esta niña se crió dentro del mundo de los esclavos por dejadez de sus padres y al crecer y tener una actitud diferente y sufrir la mordedura de un perro al que se le atribuía la rabia fue juzgada como endemoniada, sin pensar que sólo había crecido en un ambiente contrario al que debió tener y con carencias afectivas. Y como se dice en el libro: Muchas veces el enemigo se vale mejor de nuestra inteligencia que de nuestros yerros, a veces atribuimos al demonio ciertas cosas que no entendemos, sin pensar que pueden ser cosas que no entendemos de Dios."
Fonte: Marta Navarro Herrera, Aceso en 14/07/2010.

Me gustó mucho!!! Y ahora va a salir su pelicula!!! =) vamos a verlo!!! El trailler yá está en el you tube!

PS. Me desculpen los errores de español!! Pueden corregirme! =)

Edicíon del libro:
Márquez, Gabriel García. Del amor y otros demonios. Debolsillo: España, 2008

Tuesday, June 22, 2010

PASSEIO AO FAROL - Virgínia Woolf

"Da mesma forma, ao se regressar de um passio, ou após uma doença - antes que os hábitos voltassem novamente a se tecer na superfície das nossas vidas -, sentia-se essa mesma surpreendente sensação de irrealidade; sentia-se algo emergir. A vida jamais era tão brilhante como nesse momento."(Passeio ao Farol, pg. 172)
Publicado em 1927, o livro "Passeio ao Farol", de Virgínia Woolf (1882 - 1941), trata da história de uma família em três momentos distintos. Inicialmente, a família completa, liderada pela mãe; em um segundo momento retrata-se a morte da mãe e dois irmãos; e num terceiro momento são apresentadas as perspectivas sobre essa família, agora liderada pelo pai. 

A autora trata de descrever minuciosamente os pensamentos de seus personagens a respeito das diferentes temáticas e pessoas que entram no enredo. De início a leitura se mostrou difícil, já que a autora passa do pensamento de uma pessoa para outra sem intervalos, além de escrever grandes parágrafos. A linguagem não é simples, mas após algumas páginas e maior intimidade com sua forma de escrita, a leitura se torna prazeroza e interessante. 

"Em seus livros mais importantes, está presente um procedimento renovador: o enredo é praticamente dissolvido, reduzindo-se a um fio mínimo, a uma espécie de atmosfera que liga as personagens. Um acontecimento exterior qualquer desencadeia idéias e seqüencias de idéias que levam a personagem a mover-se com liberdade na consciência, transitando do passado ao presente e vice-versa." (Passeio ao Farol, pg. 190). 

"Os limites da ficção realista com técnicas de simultaneidade alicerçadas naquilo que se chamou, a partir de William James, de "fluxo da consciência", permitiu-se a integração, na estrutura da narrativa, de momentos de iluminação (as epifanias de Joyce ou Proust) e criou-se, por outro lado, uma nova concepção do tempo narrativo a que já se chamou de "forma espacial do romance". Neste sentido, embora a obra tenha um plano claramente delineado, as três partes, separadas por dez anos de experiências, antes confundem do que clarificam a cronologia porque o tempo que passa, ou passou, como está sobretudo na segunda parte, não se desprega da experiência subjetiva e da memória dos personagens."

Sobre essa edição do livro: 
Woolf, Virgínia. Passeio ao farol. Círculo do livro, 1987. Coleção Grandes Autoras, capa dura. 

Friday, May 21, 2010

CAIM - José Saramago


“A história dos homens é a história dos seus desentendimentos com deus, nem ele nos entende a nós, nem nós entendemos a ele.” 
(José Saramago, Caim, São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p.88)

"Se, em 'O Evangelho segundo Jesus Cristo', José Saramago nos deu sua visão do Novo Testamento, neste Caim ele se volta aos primeiros livros da Bíblia, do Éden ao dilúvio, imprimindo ao Antigo Testamento a música e o humor refinado que marcam sua obra. Num itinerário heterodoxo, Saramago percorre cidades decadentes e estábulos, palácios de tiranos e campos de batalha, conforme o leitor acompanha uma guerra secular, e de certo modo, involuntária, entre criador e criatura.

Para atravessar esse caminho árido, um deus as turras com a própria administração colocará Caim, assassino do irmão Abel e primogênito de Adão e Eva, num altivo jegue, e caberá à dupla encontrar o rumo entre as armadilhas do tempo que insistem em atraí-los. A Caim, que leva a marca do senhor na testa e portanto está protegido das iniquidades do homem, resta aceitar o destino amargo e compactuar com o criador, a quem não reserva o melhor dos julgamentos. Tal como o diabo de 'O Evangelho', o deus que o leitor encontra aqui não é o habitual dos sermões: ao reinventar o Antigo Testamento, Saramago recria também seus principais protagonistas, dando a eles uma roupagem ao mesmo tempo complexa e irônica, cujo tom de farsa da narrativa só faz por acentuar. 

A volta aos temas religiosos serve, também, para destacar o que há de moderno e surpreendente na prosa de Saramago: aqui, a capacidade de tornar nova uma história que conhecemos de cabo a rabo, revelando com mordacidade o que se esconde nas frestas dessas antigas lendas. Munido de ferina veia humorística, Saramago descreve uma estranha guerra entre o homem e o senhor. Mais que isso, investiga a fundo as possibilidades narrativas da Bíblia, demonstrando novamente que, ao recontar o mito e confrontar a tradição, o bom autor volta à superfície com uma história tão atual e relevante quanto se pode ser". 
Fonte: capa do livro. 

Acho que essa resenha apresentada na capa do livro explica muito bem o que o leitor vai encontrar nas páginas de "Caim". O livro é de fácil leitura e muito me agradou lê-lo. Ver a história sob uma perspectiva totalmente diversa daquela que estamos acostumados nos faz ter uma visão crítica acerca do que temos como verdade. O que é ali apresentado me incitou a repensar e refletir sobre o que é deus e tudo aquilo que acredito (ou não) e levo comigo. 

Para aqueles que são muito religiosos, não aconselho a sua leitura! A forma como Saramago apresenta os fatos pode gerar certo desconforto.   

Sunday, February 28, 2010

A MÁQUINA DE XADREZ - Robert Löhr

"Este livro conta a história do invento que pôs em xeque a nobreza européia. No século XVIII, o barão Wolfgang von Kempelen encantou o continente europeu com a máquina de xadrez. um autômato vestido de turco desafiava qualquer humano para uma invencível partida. Durante alguns anos, o mistério persistiu. Mas o que ninguém suspeitava era que um anão, responsável pelas jogadas geniais, escondia-se sob as engrenagens da máquina." ( Resumo presente no verso do livro)

A leitura é muito tranqüila e instigante! Li super rápido. Vale a pena!!! Além disso há um jogo psicológico dos personagens, fazendo-os oscilar entre obrigação e prazer, entre razão e fé. Muito interessante.  

"A Máquina de Xadrez traz os lances típicos de um romance de entretenimento com ares históricos, na linha de O Perfume, o best-seller do também alemão Patrick Süskind: perseguições, crimes e sexo protagonizados por um conjunto de figuras que realmente existiram – caso de Von Kempelen – e personagens de ficção, como Tibor e a insinuante Elise, por quem ele se apaixona. A profusão de diálogos, artifício comum em livros desse gênero, torna a leitura mais rápida – além de piscar o olho para uma adaptação cinematográfica. Löhr também evita se demorar na descrição das partidas, pois isso perturbaria o andamento da narrativa para quem não domina as regras do xadrez. 
Von Kempelen morreu em 1804, aos 70 anos, sem admitir a falsidade de sua obra – o que só foi feito mais tarde pelo francês Jacques-François Mouret, um dos jogadores que costumavam participar do embuste. Desmascarado, o turco virou cinzas no incêndio que, em meados do século XIX, tomou conta do museu que o abrigava, na Filadélfia – a mesma cidade onde Deep Blue tornaria assustadoramente real o sonho de uma máquina inteligente."

Thursday, February 18, 2010

SUBSTITUTOS ( EUA - 2009 - FICÇÃO - 88 min )

Ontem a tarde assisti ao filme "Substitutos"( EUA - 2009 - FICÇÃO - 88 min ).
Titulo original: (Surrogates)
Direção: Jonathan Mostow

Atores: Bruce Willis , Radha Mitchell , Rosamund Pike , Boris Kodjoe , James Frances Ginty
Sinopse: Ano de 2054. Grande parte da população usa os andróides substitutos da Virtual Self (VSI), que cumprem todos os afazeres do dia a dia e permitem que seus donos jamais tenham que sair de casa. Entretanto um terrorista tecnológico passa a assassinar os andróides, causando caos geral. Dois policiais são designados para cuidar do caso: Tom Greer (Bruce Willis) e Peters (Radha Mitchell), e a cópia andróide dos dois. 

Sinceramente... não achei muita graça. A história é  vazia, falta ser melhor explorada. O ponto interessante é que pode-se interpretá-lo como uma crítica ao exagero do uso da tecnologia a nosso serviço. No filme, os humanos passam seu tempo deitados em uma cadeira comandando seus andróides por meio de ondas cerebrais e só se levantam daí para satisfazer suas necessidades vitais - alimentação, banheiro e dormir. Até mesmo as relações mais íntimas são feitas pelos andróides. Há um distanciamento entre as pessoas reais e todas as interações são realizadas por falsos humanos. O que pode ser interessante por um lado ao manter essa interface - você poderia ter um andróide com as características físicas desejadas, ser homem/mulher, não se machucar - pode ser extremamente isolacionista por outro, uma vez que as pessoas  não se conheceriam de verdade e não haveria o contato real entre elas. Apesar de ser um filme futurista e de ficção, é possível perceber tal distanciamento - em menor  nível e escala - nos dias atuais, em que grande parte da interação interpessoal é proporcionada por meio da internet e não mais no contato direto. Voltando ao filme, há cenas em que Bruce Willis sai na rua de verdade - sem seu andróide - e mal consegue caminhar pelas ruas da cidade, estando totalmente vulnerável a luz e aos sons da cidade. Isso me incita a acreditar que nosso crescente isolamento possa nos tornar inaptos a lidar com situações de corpo presente, nos tornar menos sensíveis a situações de sofrimento e dor alheia, bem como cada vez mais carentes e infelizes, como se algo estivesse faltando. 
Bom, apesar do filme não ser muito bom, ao menos serviu para eu pensar e refletir isso tudo! Ou viajar muito... vai saber!

Wednesday, February 17, 2010

COLEÇÃO RAMSÉS - Christian Jacq

A série de livros "Ramsés" é composta por cinco diferentes títulos que contam a história da vida e do reinado de Ramsés II ( 1279 - 1213 A.C.). O faraó egípicio assumiu o trono ainda novo, como co-regente com seu pai Sethi I, e reinou até a sua morte aos 96 anos de idade. Seu longo reino praticamente define o próspero Novo Reino. Assim que ele assumiu o trono, ele travou uma série de guerras com os sírios que deram estabilidade ao Egito nos anos a seguir. Ele construiu com grandeza, incluindo os dois templos de Abu Simbel, Hypostyle Hall em Karnak, seu fabuloso templo mortuário Ramesseum, um Colosso, uma tumba e adições ao Templo Luxor. 

Os livros, além de abrangerem toda a vida de Ramsés, retratam os diferentes costumes e hábitos do Egito Antigo, assim como as diferentes batalhas travadas com povos vizinhos para estabelecer a paz no reino. O primeiro livro da série "O Filho da Luz", Ramsés é um jovem adolescente que anseia secretamente substituir o pai no trono do Egito. Porém, Shenar, seu irmão mais velho, é o  primogênito e supostamente teria direito ao trono, o que faz com que Sethi imponha a Ramsés diferentes experiências e treinamentos. Ramsés deu provas ao faraó de que merecia ser escolhido como seu sucessor e foi iniciado na sagrada e suprema função de faraó do Egito. 


O segundo livro, "O Templo de Milhões de Anos", Ramsés, com 23 anos, é coroado faraó, substituindo seu pai Sethi. Ele dispõe das mais favoráveis condições para reinar com prosperidade, justiça e sabedoria: o amor de Nefertari e da mãe Touya, a sólida rede de amigos tecida desde a adolescência, e o apoio incondicional de Moisés. Porém, para manter-se no poder, Ramsés deve vencer diferentes complôs que se instauram contra ele, provando sua autoridade e competência ao povo e seus inimigos.  


O terceiro livro, "A Batalha de Kadesh", relata a batalha de Ramsés contra dois perigosos e poderosos inimigos: o temível exército hitita e o efeito da magia que tira a vida da esposa real Nefertari. Os inimigos de Ramsés tecem uma teia de espionagem para fomentar o ódio dos hititas contra o povo egícipcio. Para ajudá-lo a superar tais  obstáculos, Ramsés apelará ao poder dos deuses do Egito. 


O quarto livro, "A Dama de Abu-Simbel", Ramsés terá que enfrentar dois outros desafios: Moisés, seu amigo de infância, retornará ao Egito para exigir do faraó autorização para o êxodo hebreu; e Ofir, o mago das magias negras, atingirá o primogênito de Ramsés com sua magia do mal. Ramsés terá ainda que negociar com o poder hitita para manter a tão sonhada  paz. Seu amigo Acha, o dipolomata, irá ajudá-lo a garantir a tranquilidade e a prosperidade do Egito. Como forma de presentear sua esposa real, Ramsés manda erguer em Abu-Simbel dois templos como símbolo de seu amor eterno.


No quinto livro, "Sob a Acácia do Ocidente", Ramsés terá que ceder aos caprichos do povo hitita para honrar seu tratado de paz, ao perder Nefertari e Iset a Bela, será obrigado a desposar a princesa hitita Mat-Hor. Ameaçado por inimigos ocultos, em seus derradeiros anos de reinado, Ramsés não conseguirá sair vitorioso contra seu maior adversário: o tempo, que lhe roubou irremediavelmente o amor de sua vida e seus amigos de sempre. Sentindo-se cada vez mais velho e solitário, Ramsés irá sentar-se a sombra da acácia do Ocidente para a sua última viagem. 


Achei super interessante a história, gostei muito. A leitura é fácil e tranqüila, além de envolvente. Porém indico que se leia de forma espaçada, ou seja, não um livro em seguida do outro. Cada título introduz e relembra parte da história do livro anterior, o que torna um pouco enjoada a leitura seguida dos cinco volumes. É  interessante pois, apesar de parte ser um romance fictício, o autor aborda muita coisa sobre os costumes e forma de vida de um povo que deixou muitas marcas, como as suas construções e a crença na harmonia do homem com a natureza e os deuses. 


Obs. As resenhas acima escritas foram retiradas das capas dos respectivos livros. 


Thursday, February 11, 2010

PANTALEÓN E AS VISITADORAS - Mario Vargas Llosa

Antes de comprar novos livros, decidi por ler todos os que estão aqui em casa. Uma coleção variada e antiga, que está parada na estante, e que há muito não é lida. No resgate desses livros, acabei por ler a edição de 1973 de "Pantaleón e as visitadoras", da editora Círculo do Livro. 

O livro trata da história de Pantaleón Pantoja, um  recém- promovido capitão do exército peruano, que recebe a missão de estruturar um sistema de visitadoras - prostitutas volantes - para servir aos postos e guarnições militares presentes na selva amazônica. O objetivo era diminuir o número de estupros na região. Panta era um membro exemplar do exército, que vivia com sua esposa (Pochita) e sua mãe de forma simples e fiel. No decorrer da trama, Pochita tem uma filha, Panta se torna o "rei" da prostituição na região, acaba por se envolver com a prostituta mais bonita (a Brasileira), e é abandonado pela esposa. A presença de um sistema de visitadoras acaba por criar atritos com a igreja, a imprensa e a população local. Paralelamente à história de Panta, surge um profeta popular - o irmão Francisco - que arrebanha cada vez mais seguidores para cerimônias de crucificação de animais e, ocasionalmente, humanos. 

"O livro não tem propriamente um narrador. Sua estrutura alterna capítulos feitos de diálogos com outros compostos pelos textos mais diversos: cartas, memorandos do Exército, notícias de jornal, programas radiofônicos. Compõe-se um romance polifônico e polimorfo, que convoca o leitor a participar da construção da história, juntando os fragmentos e preenchendo os espaços vazios." Fonte:<http://biblioteca.folha.com.br/1/noticias/2003091301.html>  

A título de curiosidade, a editora "Círculo do Livro" foi lançada em 1973 e vendia seus livros por um sistema de "clube e sócios". Cada sócio era obrigado a adquirir uma obra por ciclo por meio de catálogos com os diferentes títulos disponíveis. Eram livros feitos em capa dura e oferecidos a preços competitivos. Não consegui descobrir o fim da empresa, mas continuarei procurando. 

Eu gostei do livro e recomendo. Além do livro há também o filme, de mesmo nome, que foi lançado em 1999 no Peru. Não cheguei a vê-lo ainda, mas assim que possível o farei. Curiosidades sobre o filme - encontrados no site adorocinema.com
  • Pantaleón e as Visitadoras foi o único filme produzido no Peru em 1999.
  • Este é o 2º livro de Mario Vargas Llosa que é adaptado para o cinema pelo diretor Francisco J. Lombardi. O anterior foi La Ciudad y los Perros (1985). 
  • Refilmagem de Pantaleón y las Visitadoras (1975), que foi dirigido pelo próprio Mario Vargas Llosa.
  • Foi exibido no Festival do Rio 2000
Mais informações sobre o filme: Pantaleón e as visitadoras