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Thursday, February 18, 2010

SUBSTITUTOS ( EUA - 2009 - FICÇÃO - 88 min )

Ontem a tarde assisti ao filme "Substitutos"( EUA - 2009 - FICÇÃO - 88 min ).
Titulo original: (Surrogates)
Direção: Jonathan Mostow

Atores: Bruce Willis , Radha Mitchell , Rosamund Pike , Boris Kodjoe , James Frances Ginty
Sinopse: Ano de 2054. Grande parte da população usa os andróides substitutos da Virtual Self (VSI), que cumprem todos os afazeres do dia a dia e permitem que seus donos jamais tenham que sair de casa. Entretanto um terrorista tecnológico passa a assassinar os andróides, causando caos geral. Dois policiais são designados para cuidar do caso: Tom Greer (Bruce Willis) e Peters (Radha Mitchell), e a cópia andróide dos dois. 

Sinceramente... não achei muita graça. A história é  vazia, falta ser melhor explorada. O ponto interessante é que pode-se interpretá-lo como uma crítica ao exagero do uso da tecnologia a nosso serviço. No filme, os humanos passam seu tempo deitados em uma cadeira comandando seus andróides por meio de ondas cerebrais e só se levantam daí para satisfazer suas necessidades vitais - alimentação, banheiro e dormir. Até mesmo as relações mais íntimas são feitas pelos andróides. Há um distanciamento entre as pessoas reais e todas as interações são realizadas por falsos humanos. O que pode ser interessante por um lado ao manter essa interface - você poderia ter um andróide com as características físicas desejadas, ser homem/mulher, não se machucar - pode ser extremamente isolacionista por outro, uma vez que as pessoas  não se conheceriam de verdade e não haveria o contato real entre elas. Apesar de ser um filme futurista e de ficção, é possível perceber tal distanciamento - em menor  nível e escala - nos dias atuais, em que grande parte da interação interpessoal é proporcionada por meio da internet e não mais no contato direto. Voltando ao filme, há cenas em que Bruce Willis sai na rua de verdade - sem seu andróide - e mal consegue caminhar pelas ruas da cidade, estando totalmente vulnerável a luz e aos sons da cidade. Isso me incita a acreditar que nosso crescente isolamento possa nos tornar inaptos a lidar com situações de corpo presente, nos tornar menos sensíveis a situações de sofrimento e dor alheia, bem como cada vez mais carentes e infelizes, como se algo estivesse faltando. 
Bom, apesar do filme não ser muito bom, ao menos serviu para eu pensar e refletir isso tudo! Ou viajar muito... vai saber!

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