Esse foi um livro interessante que trouxe alguns temas importantes. Mesclando os diversos ensinamentos do budismo, Allende conta a aventura vivida por Alexander, Nadia e Kate no Reino Proibido. Situado no meio dos picos do Himalaia, esse país segue uma cultura antiga e busca manter-se fora das influências ocidentais. Nesse país, o futuro rei é preparado por um monje budista durante anos, absorvendo aos poucos toda a sabedoria acumulada.
Tensing é o monje que está ensinando a Dil Bahadur, o príncipe e futuro rei do país. Eles vivem nas encostas do Himalaia, longe das cidades, do conforto e da riqueza do palácio real. Já haviam passado 12 anos desde que o príncipe fora passado aos cuidados de Tensing para treinamento.
Do outro lado do mundo, Kate, junto com Alexander, Nadia e sua equipe do National Geographic, viaja para o Reino Proibido a fim de fazer uma reportagem sobre o país. Além dela, outras pessoas também estão interessadas no país e no lendário Dragão de Ouro, porém com intenções maliciosas. A trama se desenvolve em cima do encontro dos três 'grupos' de personagens, que passam por diferentes aventuras tentando salvar o Dragão de Ouro.
Gostei mas não ameeeei! Não sei se porque li depois de Brumas de Avalon, mas a história não me deixou com aquela vontade insuportável de ler que eu sentia com o outro livro. Mas vale a pena. As pinceladas sobre o budismo são interessantes e estão inseridas no decorrer da história. Ah, lembrando que esse é o segundo livro da trilogia. O primeiro é "Ciudad de las Bestias".
Se abstraírmos um pouco, podemos pensar que Allende está preocupada com as questões culturais de cada região do planeta, que estão sendo influenciadas e até mesmo substituídas (em parte, claro) por aquelas ocidentais. Abstraindo mais um pouco, ela trata da existência das 'bestias', animais pré-históricos que vivem em um local isolado e que a humanidade em geral não tem acesso, as quais pouquíssimas pessoas sabem de sua existência. Daí surge uma questão: será que para os seres viventes, diferentes de nós, continuarem habitando o planeta eles têm que se esconder de nós?
Se abstraírmos um pouco, podemos pensar que Allende está preocupada com as questões culturais de cada região do planeta, que estão sendo influenciadas e até mesmo substituídas (em parte, claro) por aquelas ocidentais. Abstraindo mais um pouco, ela trata da existência das 'bestias', animais pré-históricos que vivem em um local isolado e que a humanidade em geral não tem acesso, as quais pouquíssimas pessoas sabem de sua existência. Daí surge uma questão: será que para os seres viventes, diferentes de nós, continuarem habitando o planeta eles têm que se esconder de nós?
Partes interessantes:
"El miedo no es real, Dil Bahadur, sólo está en tu mente, como todo lo demás. Nuestros pensamientos forman lo que suponemos que es la realidad" (Tensing a Dil Bahadur, pg. 13)
"Enfrenta los obstaculos a medida que se presenten, no pierdas energía temiendo lo que pueda haber en el futuro" (Alexander recordando as palavras do pai, pg. 94)
"Sabía que nada en el mundo es permanente, todo cambia, se descompone, muere y se renueva en otra forma; por lo tanto aferrarse a las cosas de este mundo es inútil y causa sufrimiento. El camino del budismo consistía en aceptar eso." (El rey del Reino Proibido, pg. 154)
"La tormenta arranca del suelo al fornido roble, pero no al junco, porque éste dobla. No calcules mi fuerza, sino mis debilidades" (Tensing a Dil Bahadur, pg. 166)
"... no importa lo que uno crea o no crea, sino lo que uno hace. No podían cazar un pájaro para comerlo, y menos podían matar a un hombre. Debían ver al enemigo como un maestro que les daba la oportunidad de controlar sus pasiones y aprender algo sobre sí mismos." (narrativa, pg. 194)
"Lo único cierto es que en este mundo todo cambia constantemente, Judit. El cambio es inevitable, ya que todo es temporal. Sin embargo, a los seres humanos nos cuesta mucho modificar nuestra esencia y evolucionar a un estado superior de conciencia. Los budistas creemos que podemos cambiar por nuestra propria voluntad, si estamos convencidos de una verdad, pero nadie puede obligarnos a hacerlo." (El Rey hablando con Judit, pg. 275)
Esta edição: ALLENDE, ISABEL. El Reino del Dragón de Oro. 5. ed. Buenos Aires: Debolsillo, 2011.